Saúde na Cozinha



Hoje em dia, com a grande quantidade de notícias que chega até nós e que falam sobre temas como saúde, com os programas diários da TV aberta que além de oferecer receitas, dão dicas de dietas comprovadamente saudáveis, é impossível ficar alheio, sentar-se à mesa e não refletir sobre o que comemos.

Como sabemos, o brasileiro, em geral, não dispensa a velha combinação de arroz com feijão, mas por outro lado não pensa em agregar nutrientes diversificados ao prato. “O brasileiro combina a tradicional dupla feijão e arroz com carne e uma seleção de alimentos de alto índice calórico, mas de baixo teor nutritivo. E ainda abusando do sal e do açúcar.” É o que revela a Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, estudo realizado pela primeira vez pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, temos dados que mostram que além da baixa taxa nutricional na alimentação diária, excede-se o limite de ingestão de açúcar que é recomendado pelo Ministério da Saúde – aquele mesmo que nos adverte sobre tantas coisas, mas não aparece na telinha dando dicas de como se alimentar saudavelmente. A refeição da massa (apesar da ambiguidade) é repleta de carboidratos, vide a composição de uma cesta básica:
- Arroz;                                    - Molho de tomate;
- Feijão;                                   - Açúcar;
- Óleo;                                     - Café;
- Biscoito;                                - Farinha;

Tal combinação, consumida pela maioria dos trabalhadores de indústria, ou as conhecidas firmas, oferece bastante resultado muscular e pouco intelectual o que mais uma vez nos leva à reflexão sobre a alimentação do povo brasileiro.


Antes um povo que prezava pela fartura agora se assemelha aos padrões norte-americanos de alimentação. As alterações no perfil alimentar dos brasileiros tem ligação com as transformações econômicas, sociais e demográficas que aconteceram no país nas últimas décadas. Em um Brasil mais urbano e com grandes exigências de cumprimento das jornadas profissionais, as pessoas dispõem de menos tempo para realizar suas refeições. A mesma industrialização que encurtou ou acabou com o horário para o almoço caseiro trouxe uma nova concepção de gêneros alimentícios. “A modernização favoreceu o aumento do comércio de alimentos industrializados. Esses produtos são de fácil acesso e têm seu consumo incentivado pela mídia”, observa a coordenadora da Promoção da Alimentação Saudável, da Coordenação geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Gentil. 

Agora, o que fazer? Porque além do mais, precisamos lembrar de ser sustentáveis na hora de cozinhar. Aí vão as dicas:

- Sempre opte por alimentos orgânicos; além de não passarem pelos processos fabris que geram poluição e todos aqueles males conhecidos pelos nossos sistemas olfativos, os orgânicos passam por menos processos químicos.

-  Compre bem, planeje suas compras: Evite excessos! Prefira os alimentos da época, pois possuem melhor qualidade (maior durabilidade, maior teor nutricional e menor quantidade de agrotóxicos) além de apresentarem preços mais acessíveis;

-  Conserve bem: armazene em locais limpos e em temperaturas adequadas para cada tipo de alimento;

-  Higienize bem: todas as frutas, verduras, legumes, cascas, talos e folhas devem ser lavados em água corrente e higienizados em solução de hipoclorito de sódio (siga as instruções de rotulagem) para eliminar microorganismos, e em seguida devem ser lavados novamente em água filtrada;

-  Prepare bem: não retire as cascas grossas ou utilize-as para outras receitas e prepare apenas a quantidade necessária para as refeições da sua família.

E, no final da culinária, lave a louça lembrando que a água é um bem finito: em 15 minutos, uma pessoa gasta mais de 240 litros de água na lavagem de louças. A dica é fechar a torneira, ensaboar as peças e só então abrir para enxaguá-las. Assim, o consumo cai para 20 litros de água. 

Outra dica para economizar água é diminuir o tempo do banho e fechar a torneira do lavatório ao escovar os dentes. Metais e louças sanitárias que economizam água também são boas opções. Instalar arejadores nas torneiras da cozinha e dos banheiros - um acessório bem baratinho - pode gerar uma economia de até 60%.



Rodolfo Josepette
Diretoria de Comunicação

0 comentários:

:a: :b: :c: :d: :e: :f: :g: :h: :i: :j: :k: :l: :m: :n:

Postar um comentário