Dia do Planeta Terra
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
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No último dia 22, comemorou-se o “Dia do Planeta Terra” (em inglês “Earth Day”), data mundial para a celebração e conscientização de nosso planeta. A falta de divulgação e exposição da data comemorativa pela mídia faz com que, infelizmente, muitos nem sequer saibam da existência de tal dia.
O “Dia do Planeta Terra” surgiu em 1970 através então senador norte-americano Gaylord Nelson, que realizou o primeiro protesto nacional contra a poluição, à fim de criar uma agenda ambiental sobre a questão e maior conscientização dos governos. O sucesso possibilitou grande avanço no tema, com os Estados Unidos criando por pressão norte americana a ‘Agência de Proteção Ambiental’ e em 1972 a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente - ‘A Conferência de Estocolmo’. Desde então, a partir de 1990, cada vez mais países adeptos foram se incorporando ao movimento, se tornando esta atualmente uma comemoração e conscientização em âmbito mundial.
As comemorações são diversas ao redor do mundo, promovendo o respeito pelo dia e a responsabilidade ambiental pelas mais diferentes culturas. Confira aqui a trajetória da data desde 1970 até hoje e suas manifestações pelos mais diversos países e pessoas.
O filme “Um dia na Terra”, feito em 2010, foi para a comemoração desta, e pode ser visto aqui.
Há também a campanha “Renewable Energy for All” que aproveitou o ‘Dia do Planeta Terra’ para promover o aproveitamento das energias renováveis e assim conseguir o apoio necessário para exigir resultados e avanços significativos nesse sentido na ‘cimeira Rio +20’ que acontecerá em junho agora no Brasil.
A iniciativa deste dia é, primeiramente, despertar a consciência da população sobre os temas ambientais e abrir discussões em todo o mundo sobre a importância da preservação e o que podemos fazer para colaborar com o meio ambiente. Um dia para parar e pensar no que fizemos ou deixamos de fazer por nosso planeta até hoje, e como podemos começar a contribuir mais, não somente em um dia do ano, mas em todos os outros 364 dias, em nossa rotina.
E você, já parou para pensar nisso?
Kely Val
Diretoria de Projetos
Procedência dos plásticos
Certamente você já notou que nos plásticos, como os de garrafas, copos descartáveis, potes para margarina, embalagens de sucos, potes de iogurte, embalagens de produtos de limpeza, etc. Existe uma numeração em um triângulo correto?
Mas, você sabe o que ele significa? Se sim, ótimo, mas, se não vamos explicar. Essa numeração significa a procedência do plástico. Sabe-se que todo tipo de plástico é polímero. Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular, resultantes de reações químicas de polimerização. Trata-se de macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores - os monómeros.
Entretanto, precisamos saber sobre essa procedência, pois o Bisfenol A presente no plástico de embalagens de alimentos em geral, óculos de sol e cd’s é nocivo a saúde.
Traremos todas as classificações para que você possa entender:
1. As embalagens PET, identificadas pelo número 1, são feitas a partir do Polietileno tereftalato. São empregadas em garrafas para água mineral e refrigerantes.
2. A sigla PEAD (Polietileno de Alta Densidade) é referente às embalagens para produtos químicos domésticos (limpeza).
3. Os plásticos PVC (Policloreto de vinila), também identificados por V, são empregados em tubos e conexões para água, lonas, calçados, brinquedos, bolsas de sangue e soro, brinquedos, etc.
4. O Polietileno de baixa densidade (PEBD) é o polímero usado para produzir sacos de lixo, filmes em geral, entre outros.
5. A sigla PP identifica o Polipropileno, os plásticos com esta classificação podem ser usados para fabricar embalagens para margarina, seringas descartáveis, utilidades domésticas.
6. O Poliestiremo, representado pela sigla PS, tem uma vasta utilização, é empregado no feitio de cabines de TV, copos descartáveis e embalagens em geral.
7. A classificação 7 é para as resinas plásticas, entre elas podemos citar o PC.
Este é o que trás perigo a nossa saúde. O Policarbonato (PC) mais utilizado é o Bisfenol A (BPA). Já está comprovado que a presença de BPA no organismo está associada a doenças cardiovasculares e diabetes. Se for, por exemplo, aquecer seu almoço no micro-ondas e utilizar um recipiente tipo 7 termoplástico, substâncias tóxicas serão transferidas mais facilmente para o alimento. Portanto, cuidado ao escolher as embalagens plásticas de sua cozinha.
Agora ficou mais fácil identificar e saber sobre as procedências dos plásticos. Vamos sempre manter esses recipientes limpos para que possamos reciclá-los.
Vinícius Ferreira
Diretoria Administrativa
Verdade inconveniente: Sacolas plásticas
No dia 4 de abril, quarta-feira, por força de uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado pelo Ministério Público, o Procon - SP e a APAS (Associação Paulista de Supermercados), foi decretado aos supermercados que acabaria o período de adaptação promulgado em janeiro, e que a partir desta data eles não disponibilizariam aos clientes as sacolas plásticas.
Na prática os estabelecimentos podem e devem continuar a distribuição de sacolinhas. Primeiro, como relatado pela Plastivida em seu site, ainda não existe uma lei específica para o uso destas. Neste contexto o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou por inconstitucionalidade leis sobre o banimento das sacolas. Somando mais de 25 ADINs (Ação Direta de Inconstitucionalidade) sendo 16 no mérito - não cabendo recurso.
Esclarecendo também sobre o TAC - o mesmo site relata que: " Um TAC só deve ser assinado quando há uma lei e desde que ela seja descumprida. Como não existe lei contra as sacolinhas no Estado de São Paulo, o TAC não tem valor jurídico e não pode ser utilizado para multar supermercados que queiram distribuir sacolas plásticas a partir de 4 de abril. O TAC foi uma tentativa de estipular um prazo a um direito do consumidor (60 dias), para que ele se adaptasse a não ter mais as sacolas plásticas nos supermercados".
Após esta breve explicação de caráter jurídico e político, fica bem claro que esta é uma iniciativa de caráter econômico e não ambiental! E que a campanha contribui muito mais para a rede de empresas de supermercados retirarem uma responsabilidade delas ganhando muito financeiramente, e contribuindo de forma errada com o planeta. E é claro que se a rede varejista está ganhando ainda mais, com certeza do outro lado quem está perdendo mais uma vez é o consumidor!
É bom esclarecermos alguns pontos desta "campanha ambiental" que muitas vezes ficam mascarados ou omitidos por forças e interesses maiores.
Primeiro, esta campanha lesa o consumidor que deve comprar uma sacola no supermercado, obrigando-o a utilizar uma ecobag ou encontrar outras alternativas, sem ter sido orientado ao que utilizar e como utilizar. A substituição é de certa forma interessante, mas a estrutura de recolhimento e despejo do lixo reciclável e doméstico não permiti que possamos continuar este processo. Ou seja, o consumidor compra uma ecobag para tirar uma responsabilidade dos supermercados, e depois na hora de destinar seu lixo deve comprar sacos plásticos.
O recolhimento do resíduo brasileiro é feito em sacolas plásticas, quase inexistem caçambas para que possamos destiná-lo de forma direta, portanto a modificação deveria ser feita inicialmente na base, na gestão do lixo, na cobrança do poder público de melhores condições para descarte e depósito deste, tanto doméstico quanto reciclável. E não na parte final do processo, substituindo as sacolas plásticas, que deveria ser a última etapa deste projeto. Porém motivado exclusivamente pelo viés financeiro, enriquecemos ainda mais os supermercados e os produtores!
Existe uma política nacional que cuida desta questão - a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - mas ela caminha lentamente para não dizer que esta parada, além de não acompanhar a modernização e o crescimento do país.
Por isso cidadão, não se engane com algumas considerações mascaradas pela campanha, como o uso de ecobags, caixas de papelão ou sacolas biodegradáveis. Por exemplo, no caso das ecobags, a maioria é produzida na China ou no Vietnã - além de estimularmos a compra de produtos internacionais quando poderíamos investir no Brasil, estamos ainda contribuindo e colaborando pela mazela e péssimas condições de trabalho que sabemos serem cotidianas em alguns países asiáticos.
A substituição por sacolas biodegradáveis também estimula as importações de produtos estrangeiros tendo em vista que a maioria delas são produzidas na Holanda, é mais um ponto financeiro - no final das contas quem paga é o consumidor.
Tratando-se agora do belo gesto dos supermercados de ceder gentilmente uma caixa de papelão, neste caso eles estão nos enganando duas vezes! Primeiro, que a responsabilidade de destino destas caixas é dos estabelecimentos, ou seja, eles estão transferindo sua responsabilidade aos cidadãos.
Segundo, se estas caixas não foram devidamente tratadas de forma higiênica, o consumidor estaria contaminando seus alimentos. Principalmente frutas e produtos que possuem contato direto. Ou seja, os supermercados estão repassando uma responsabilidade e ainda prejudicando a saúde do consumidor.
Outro ponto importante, na hora do destino, os cidadãos colocarão estas caixas em lixos comuns, como forma de substituir as sacolas plásticas, sendo que essas poderiam ser reaproveitadas se fossem destinadas de forma correta pelos estabelecimentos. E mesmo que os cidadãos separem estes papelões e os coloque em locais corretos para o despejo, muitas vezes eles já estão molhados e danificados, e não podem mais ser reciclados. Novamente o cidadão que pretendia contribuir com uma causa ambiental acaba danificando seus alimentos com bactérias e ainda não contribuiu para a reciclagem dos produtos que utilizou!
Além de todas estas questões e esclarecimentos, se os supermercados estivessem realmente preocupados com esta causa ambiental, repassariam o dinheiro das sacolas plásticas que o cidadão já pagava e estava embutido nos produtos, em projetos ou outras ações ambientais. Mas além de transmitir seus deveres ao cidadão eles embolsaram mais este valor para seus caixas.
Bom e o que falta então? Orientação e Investimento na base do processo de gestão do lixo. Muitos cidadãos querem contribuir de forma correta, mas as estruturas não permitem que ele possa agir, ou muitas vezes ele não é orientado sobre como deve ser feito. Dessa forma o que podemos fazer de imediato é tentar nos informar sobre estas iniciativas, sobre as políticas de cada município em relação ao lixo, quem cobrar, o que de fato vem sendo feito e agir de forma incisiva, cobrando os atores que estão por traz de tudo isso. E é claro ter um consumo consciente, reutilizando e fazendo nossa parte de forma produtiva e esclarecida!!
Alguns dados importantes:
Suspensão da campanha nos supermercados
A CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), entendendo se tratar de propaganda enganosa decidiu por unanimidade que a APAS deve suspender sua campanha publicitária contra as sacolas plásticas, uma vez que a Associação não apresentou qualquer dado científico que embase os apelos ambientais contidos na campanha.
Direito do cidadão
É importante destacar que o direito do consumidor às sacolas plásticas e o dever dos supermercadistas em distribuí-las estão respaldados pelo Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 39, incisos V e X, que veda ao fornecedor de produtos ou serviços práticas abusivas, tais como "exigir do consumidor vantagem manifestadamente excessiva" e "elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços", incisos que se aplicam na prática de banimento voluntário das sacolinhas proposto pela APAS.
Fonte: http://www.plastivida.org.br
Ítalo Carvalho
Boas iniciativas - Um teto para meu País
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terça-feira, 3 de abril de 2012
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Um Teto para meu País (UTPMP) é uma organização latino-americana sem fins-lucrativos, formada em sua maioria por jovens universitários voluntários e profissionais, os quais trabalham em assentamentos irregulares e favelas para melhorar a qualidade de vida das famílias que residem no local.
Segundo o site da ONG, sua Missão é “melhorar a qualidade de vida das famílias que vivem em situação de pobreza por meio da construção de casas emergenciais e do desenvolvimento de planos de habilitação social a partir do trabalho conjunto entre jovens voluntários universitários e a comunidade. Queremos denunciar a realidade dos assentamentos precários em que vivem milhões de pessoas na América Latina e envolver toda a sociedade, fazendo com que todos se comprometam na tarefa de construir um continente mais solidário, justo e sem exclusão.”.
Sua Visão ainda vai além: “uma América Latina sem extrema pobreza, com jovens comprometidos com os desafios próprios de seus países em que todas as famílias tenham uma moradia digna e possam ter acesso a mais oportunidades para melhorar sua qualidade de vida.”.
A organização nasceu no Chile em 1997, através da iniciativa do sacerdote jesuíta Felipe Barríos. A expansão da UTPMP começou em 2001, com o apoio do Fundo Multilateral de Investimentos e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Hoje, a ONG está presente em 19 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Panamá, Peru, Republica Dominicana, Uruguai e Venezuela) que com a ajuda de 400.000 jovens voluntários já construiu 82.500 moradias de emergência, possui 47 escritórios e 400 membros remunerados.
No Brasil, o Teto foi fundado no ano de 2006, em São Paulo e desde então já foram construídas 1.000 moradias, 4.000 voluntários foram mobilizados, 150 voluntários trabalham no escritório e são 12 os diretores e subdiretores remunerados.
O trabalho da organização acontece em três etapas. A primeira é construir casas de emergência, esse processo estabelece o primeiro vínculo com os moradores da comunidade, permitindo que se possa fazer um trabalho posterior, permanente com as famílias. Essas casas de emergência tem durabilidade de 5 anos, 18 metros quadrados e são de madeira pré-fabricada, elas podem ser construídas em 2 dias com a ajuda de 8 a 10 voluntários em conjunto com a família beneficiada.
A segunda etapa é chamada de Habilitação Social. O objetivo dessa fase é gerar estratégias através do trabalho permanente de voluntários, desenvolver diferentes planos para fortalecer a comunidade e ajudá-los a seguir adiante a partir de sua própria realidade. São quatro os principais focos de ação:
• Plano de educação: realização de programas de nivelamento escolar, para crianças e jovens, e planos de alfabetização para adultos.
• Capacitação em ofício: Capacita os moradores da comunidade em distintos ofícios e ferramentas que aumentam sua produtividade incrementando suas possibilidades de geração de renda.
• Plano de saúde: busca uma mudança nas famílias da comunidade atendida, no sentido de que eles tenham um estilo de vida mais saudável. Além disso, pretende potencializar a prevenção e vinculá-los com redes de apoio.
• Plano de fomento produtivo (microcrédito): procura contribuir com o desenvolvimento de empreendimentos por meio de microcrédito e capacitações na formação de novos negócios.
A terceira e última etapa do projeto é chamada de Comunidade Sustentável e seu objetivo é que todos os que vivem em situação de extrema pobreza tenham acesso a novas oportunidades, e assim, tenham melhor qualidade de vida. Após a construção das casas e da Habilitação Social, a ONG apoia o desenvolvimento da comunidade para que estes exijam seus direitos através da consolidação de sua identidade, da organização, da participação social e da autogestão.
Quer ser um voluntário e receber informações sobre as próximas construções? Inscreva-se aqui.
Confira também a segunda edição da revista trimestral Realidad "Historias de vida que construyen país" do Un techo para mi País Colombia.
Mayra Gianoni
Diretoria de Projetos
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