Cultura pode ser vista como o conjunto de características
específicas que diferenciam um grupo do outro. Grupos podem ser:
nacionais, étnicos, organizacionais, sociais, religiosos etc. A
globalização gera a troca de informações de maneira rápida e
desenfreada, mas cada cultura sofre sua influência de maneira
diferente.
A
manutenção da diversidade cultural depende da capacidade dos povos
de estabelecer diálogo entre as diferenças. O diálogo
intercultural se apresenta como fator chave para preservação
cultural. Para que o diálogo seja bem sucedido é preciso levar em
conta que as culturas não são engessadas, como se fosse possível
definir uma fronteira entre cada uma delas. É difícil saber onde
termina e começa outra cultura.
Lidar
com as diferenças é reconhecer que elas existem sem desejar que
sejam diminuídas ou derrubadas, buscando o reconhecimento do outro.
As interações interculturais dependem ainda de outros aspectos mais
profundos inerentes a cada cultura - línguas, modos de trabalho,
costumes, hábitos, valores.
O
diálogo é a comunicação entre indivíduos. Entretanto, culturas
não são indivíduos, isso significa que culturas não conversam
entre si, mas sim os indivíduos que vem de cada umas delas. Por esse
motivo, entram em jogo a percepção e interpretação de cada um
sobre a sua cultura e também sobre a cultura do outro. Cada um tem
sua própria visão, que é composta por sua cultura e experiências
pessoais.
Cada
indivíduo, assim como as culturas, reage de maneira diferente a esse
relacionamento intercultural. Alguns tomam a nova cultura como sua
própria, outros não aceitam qualquer dos novos costumes. Essa
adaptação vai criando novos jeitos de agir - novas culturas.
Existem
diversas visões sobre as consequências da diversidade cultural, uns
afirmam que esta pode trazer diversos benefícios à sociedade, pois
favorece a troca do que há de melhor em cada uma das culturas.
Outros afirmam que pela troca focar no que há de diferente entre as
culturas, muitas vezes, o que temos em comum, principalmente como
seres humanos, é esquecido, gerando discórdia e tensões.
Esses
desentendimentos podem surgir quando visitamos outro país ou
tentamos nos comunicar em outra língua, mas também podem ocorrer
choques maiores como guerras religiosas ou movimentos separatistas.
O que
precisamos entender é o nosso papel, por menor que seja para
diminuir os choques culturais e promover a diversidade como uma troca
de experiências e costumes. Entendendo o outro através da
perspectiva dele mesmo, sem o nosso próprio pré-conceito.
Podemos
iniciar com nossa cidade, estado ou país. Pensar na diversidade de
culturas que interagem todos os dias e quais suas peculiaridades, o
porquê delas serem assim, e, desse modo, adquirir a capacidade de
respeitar os demais e utilizar o conhecimento dos outros para
aprimorar nossa própria criatividade.
“O indivíduo que viaja o mundo, mas que não vive a diferença do mundo é apenas um viajante sedentário, que não muda os seus hábitos e que não se confronta com o novo” Lívia Barbosa
Mayra Gianoni
Diretoria de Projetos
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