É notável o fato de que a minoria da população que usufrui de redes sociais e “vive” conectada a essas novas mídias não tem consciência de que esses meios de comunicação não surgem do nada, por assim dizer. Para se manterem ativas, as redes sociais precisam de manutenção diária e ininterrupta, e cada foto, cada mensagem, todo e qualquer tipo de atualização que você ou seus amigos publicam são armazenadas em servidores que geram grande gastos de energia além de altos custos de manutenção e infra-estrutura. Só o Facebook possui 800 milhões de usuários no mundo todo e no Brasil, segundo pesquisadores da área, 70 milhões de pessoas estão conectadas à rede e a grande maioria delas possui conta no Facebook, a maior rede social do mundo. No Brasil, em média, casa pessoa passa 22 horas online por mês, média que aumenta na juventude, que passa um número maior de horas “plugados”.
Esse uso contínuo da rede reflete em uma grande demanda de produção de energia e os gastos com os servidores não é nada sustentável, pelo fato de que as empresas de TI (Tecnologia da Informação) não se preocupavam em se utilizar energias limpas para realizarem seus serviços. Esse quadro começou a mudar no final de 2011 quando, em parceria com o Greenpeace, o Facebook se propôs a entrar num programa de geração e uso de energias limpas além de incentivar os ciberativistas a pressionarem os governantes na luta para promover a adoção de políticas de investimento em fontes renováveis.
Segundo Tzeporah Berman, co-diretor do Programa de Clima e Energia do Greenpeace Internacional “o Greenpeace e o Facebook trabalharão juntos para incentivar o abandono do carvão e de outros combustíveis fósseis e, em seu lugar, o investimento em energias renováveis. Esta opção por energias limpas e seguras ajudará a combater o aquecimento global e assegurar uma economia mais forte e comunidades mais saudáveis.”
No caso do Twitter destacam-se as ações de divulgação de responsabilidade socioambiental através da plataforma clássica dos 140 caracteres nos “Twestivals”. Segundo um site especializado, uma campanha chamada “Charity:Water” incentivou seus seguidores a apoiá-la para angariar fundos para a construção de novos poços de água na África. Tal campanha obteve êxito pela característica da mídia social em relacionar palavras-chaves com o tema abordado através das hashtags.
#sustentabilidade #responsabilidadesocial
Com essa crescente das mídias sociais relacionadas à sustentabilidade, empresas de comunicação aproveitam para se camuflar nesse meio e se mostrarem sustentáveis quando na verdade não são: é o típico greenwashing. Procure sempre ajudar através das redes da internet, mas com precaução.
Rodolfo Garcia
Diretoria de Comunicação
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