Fim de Ano Sustentável




O final do ano traz consigo muitos aspectos bons, otimismo e retrospectivas. Nessa época de festividades, milhares de pessoas vão às compras para o Natal, planejam suas comemorações, e, quando chega o Reveillon, é comum nos depararmos com pessoas refletindo sobre o ano que passou, lamentando as resoluções que não foram cumpridas durante os doze meses, e criando novas metas para o ano que está por vir, sempre com muito determinismo. Emagrecer, viajar mais, passar mais tempo com a família... são inúmeros os desejos, entretanto, nunca lembramos da sustentabilidade. Ser mais verde, reciclar mais, consumir menos exageros? Quase impossível ver tais desejos em uma lista de resoluções.

O Brasil, contudo, é um dos poucos países que vem focando neste aspecto. Antes mesmo de chegar 2012, a meta é produzir o Reveillon de Copacabana de maneira mais sustentável. A queima de fogos desse ano será temática e com diferentes fases, dentre elas: Energia Solar, Água, Fauna e Flora, contando assim com formas, cores e características distintas em cada etapa. Além da temática do meio ambiente, os fogos serão neutralizados por meio de mudas nativas da Mata-Atlântica que serão plantadas na Bacia do Rio Guandu em fevereiro de 2012.

A produção, montagem e desmontagem do evento contará com ações sustentáveis, ao mesmo tempo em que as lonas utilizadas serão reaproveitadas e transformadas em materiais escolares. Haverá, além de sustentabilidade, ações culturais e de inclusão social, como por exemplo, a participação de jovens de comunidades do Rio de Janeiro trabalhando para o evento, ou mesmo a parceria com diferentes ONGs, como a “Rede Asta” e a “TemQuemQueira”.

O ano de 2012 para o Brasil já começará com questões sobre o meio ambiente. A Rio+20,conferência mundial das Nações Unidas, acontecerá no Rio de Janeiro ano que vem. Além disso, uma grande meta para nosso país nos próximos anos será na produção da Copa do Mundo de 2014, que visa ser ‘verde’ e cumprir com todas as exigências de sustentabilidade ambiental, como a limitação de resíduos, reaproveitamento de água, entre outros, como a instalação de uma usina elétrica solar no teto de um estádio brasileiro, primeira vez no Brasil e visando a geração de energia limpa.

E você, neste fim de ano, não pensa em ser mais sustentável? Quais seriam suas resoluções para contribuir para o meio ambiente, mesmo que pequenas?

Confira abaixo dicas para festividades mais verdes e com menos exageros, além de mais informações sobre o Reveillon de Copacabana e da Copa do Mundo de 2014:

- 8 dicas para um Natal mais sustentável - http://migre.me/7eTlb

- Dicas de como fazer compras mais sustentáveis - http://migre.me/7eTnk

- Trocas de roupas poder ser maneira mais sustentável de consumir - http://migre.me/7eTpQ

- Réveillon de Copacabana terá ações sustentáveis dando largada à Rio+20 - http://migre.me/7eTuz

- Brasil se prepara para fazer Copa do Mundo Verde em 2014 - http://migre.me/7eTxo




Kely Val

Diretoria de Projetos

Um Dia na Terra


A ONU – Organização das Nações Unidas – junto da ONG “One Day on Earth” estão se preparando para exibir no fim de fevereiro de 2012, em um lançamento mundial, o filme que leva o nome da entidade “One Day on Earth”. O documentário traz imagens de todos os países do mundo gravadas em um mesmo dia. O objetivo é utilizar locais cultural e historicamente importantes para a estréia.
A ONG possui uma comunidade online com mais de 19 mil cineastas - tanto experientes quanto novatos -, cadastrados, parceria com mais outras 60 organizações sem fins lucrativos e a ONU. A primeira experiência de filmagem foi realizada no ano passado no dia 10/10/10, captando em todos os países tanto as alegrias quanto as lutas do dia a dia dos diversos povos. O resultado foi um montante de mais de 3.000 horas de filmagens.
“Embora o filme identifique os pontos em comum que conectam todos nós, ele também celebra a diversidade que faz parte da nossa natureza única e singular”, diz Kyle Ruddick, fundador e diretor da One Day on Earth. “O filme contém uma mensagem de esperança, mas é também um forte apelo à ação para a mudança positiva em questões enfrentadas pelas comunidades locais e globais.”
A continuidade do projeto se deu esse ano no dia 11/11/11. Nessa segunda experiência de filmagem foram gerados centenas de curtas-metragens, que farão parte da mostra mundial e retratam a cultura e os problemas enfrentados em todo o mundo.
A “One Day on Earth” começou em setembro de 2008 com o ideal de criar um evento global no qual centenas de participantes filmariam simultaneamente um período de 24 horas na Terra. E abril de 2010 através da parceria com a ONU foi criada a plataforma online da ONG.
Juntos, os colaboradores dizem estar criando uma cápsula do tempo para o mundo todo se compreender melhor. A perspectiva do projeto é descobrir o que somos enquanto seres humanos para beneficiar nossa sustentabilidade enquanto espécie. Aberto para todas as pessoas interessadas, a iniciativa tem como objetivo dar voz aos participantes.
Em sua comunidade, a Organização pretende conectar pessoas através de suas similaridades e diferenças e tornar-se um objeto educativo para todas as idades e crenças. “No fim, apesar dos imprevidentes desafios e tragédias ao redor do mundo, nos somos lembrados que todos os dias em que estamos vivos existe esperança e a escolha de ver um mundo melhor juntos.” – One Day on Earth.



Mayra Gianoni
Diretoria de Projetos

Dia Internacional contra a Corrupção


Em 9 de dezembro de 2003 foi assinada por diversos países a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, na cidade de Mérida – México. A partir de então foi instituído o Dia Internacional contra a Corrupção, que tem como objetivo o fortalecimento da cooperação internacional para a prevenção e o combate à corrupção no mundo.

Em uma mensagem oficial publicada hoje pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, ele afirmou:
“Quando os fundos essenciais para o desenvolvimento são roubados por indivíduos e instituições corruptos, são os mais pobres e vulneráveis que são roubados de oportunidades de educação, cuidados de saúde e outros serviços essenciais.”

A partir de sua fala, é possível traduzir grande parte dos males que a corrupção traz para nossa sociedade, uma vez que pode ser apontada como uma das causas decisivas da pobreza no país. A corrupção compromete a nossa realidade e das gerações futuras sendo, portanto, fundamental o seu combate.


No Brasil foi criada uma campanha permanente em âmbito nacional, a partir do Ministério Público brasileiro. A campanha, denominada “O que você tem a ver com a corrupção?”, visa o combate à corrupção através da educação das gerações futuras, do incentivo das denúncias populares e da efetiva punição de corruptos e corruptores.

A idéia partiu de um Promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina - Affonso Ghizzo Neto – e foi lançada em âmbito estadual em 27 de agosto de 2004, com o objetivo de conscientizar toda a sociedade, especialmente crianças e adolescentes, sobre o valor da honestidade e transparência das atitudes do cidadão comum, destacando atos rotineiros que contribuem para a formação do caráter.

Foi então que em 2008, iniciou-se a nacionalização da campanha. Isso só foi possível com o apoio efetivo do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) e da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), ganhando força com o ato nº 001/2008 do CNPG, que determinava a institucionalização da campanha no âmbito dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. O lançamento nacional oficial ocorreu em Brasília no dia 16 de março de 2008.

No site oficial da campanha, pode ser encontrado o texto:
“A corrupção é um mal que afeta toda a sociedade, pois arruína a prestação dos serviços públicos e o desenvolvimento social e econômico dos países, corrói a dignidade dos cidadãos, deteriora o convívio social e compromete a vida das gerações atuais e futuras. A luta contra a corrupção exige uma mudança cultural e de comportamento de cada cidadão, porque uma sociedade só se modifica quando os indivíduos que a compõem se modificam. Isoladamente, pode parecer difícil, mas com o comprometimento e esforços de todos é possível detê-la.”

Devemos acreditar que a partir do envolvimento e da luta de todos, é possível modificarmos a realidade de nosso país. Diariamente nos deparamos com notícias sobre corrupção em diversas localidades do Brasil. E qual o nosso papel neste contexto? Necessitamos de um maior envolvimento dos cidadãos nas discussões e proposições de medidas preventivas e combatentes deste mal. Podemos fazer nossa parte sendo íntegros e éticos, não nos omitindo diante da corrupção, lutando pelos nossos sonhos e conscientizando novos grupos sobre sua importância. Afinal, o que você tem a ver com a corrupção? Tudo!

Taís Machado
Diretoria de Comunicação

SWU - Começa com você

O SWU – Starts with you é um festival de música e sustentabilidade que conta com várias atrações musicais, além de fóruns sobre sustentabilidade e exposição de obras de arte com materiais alternativos. No primeiro ano, em 2010, o festival ocorreu na Arena Maeda em Itu e contou com barracas que incentivavam a troca e o consumo consciente além de promover uma grande discussão sobre temas como degradação ambiental, desperdício de recursos naturais e reciclagem. Já em 2011 o festival aconteceu na cidade de Paulínia, mas não mudou seu foco, e seu público alvo – pessoas engajadas em questões sócio-ambientais e fãs de música em geral – continuou fiel ao movimento “começa com você”.



Muito se falou sobre esse conceito novo: sustentabilidade. Esse termo representa a preservação da vida acima do avanço desenfreado da tecnologia industrial. Sustentabilidade não se enquadra apenas ao mote ambiental, mas também diz respeito às questões sociais, econômicas e políticas. A ideia da sustentabilidade não é impedir o progresso, tampouco deixar de lado o meio ambiente e construir sem consciência. Ser sustentável é buscar o equilíbrio das coisas naturais sem deixar de usufruir dos bens que o crescimento da tecnologia nos proporcionou.

Eduardo Fischer, publicitário e idealizador do festival firmou várias parcerias importantes com empresas de grande porte para viabilizar a presença de renomados músicos nos dois anos do festival. Entre essas empresas, destacam-se Oi, Nestlé, Coca-Cola e Heineken.

O plano de comunicação do evento foi aplicado amplamente nas mídias tradicionais como rádio, televisão e meios de comunicação impressos assim como em mídias alternativas, utilizando-se da internet e suas redes sociais para divulgação. Os publicitários contaram com a “ajuda” de insiders que são personalidades da internet como “bloggers” e “vloggers”. Essas personalidades da rede possuem grande número de seguidores e divulgaram de maneira massiva o evento. Com isso o evento inovador que pregava sustentabilidade foi bem aceito e ganhou muita popularidade. Além desses tipos já citados de marketing viral voltado para a divulgação do evento ocorreram também alguns flash mobs que tinham a intenção de promover o ideal de sustentabilidade através de ações instantâneas previamente organizadas. Um dos flash mobs que fez muito sucesso e teve grande adesão do público foi o “Dia mundial sem carro” que sugeria à população utilizar, ao menos por um dia, meios de transporte que não poluíssem nem se utilizassem de energias ditas “sujas”.




Apesar da grandeza e da nobreza do ideal pregado pelo evento, algumas falhas, por vezes consideradas graves e extremamente prejudiciais à imagem do evento, foram apontadas, principalmente em relação à edição de 2010. Na entrada muitas filas, dentro do evento tumulto para ter acesso aos banheiros e no que tange à alimentação a crítica foi unânime: preços altíssimos na comercialização dos alimentos que ali estavam sendo vendidos. Mas o fator crucial que fez com que o SWU recebesse críticas pesadas foi o ambiental: presentes nos dias do evento não pouparam palavras para reclamar do lixo espalhado por todos os cantos; os indivíduos mais engajados com os ideais de sustentabilidade reclamaram da quantidade grande de lixo produzida por lá. A organização rebateu afirmando que havia sido firmada uma parceria com uma cooperativa de reciclagem que recolhia todo o lixo do recinto e o destinava corretamente para um trato adequado. É fato que a maioria da propaganda lançada sobre a responsabilidade sócio-ambiental do evento não foi praticada, porém não se pode negar que o SWU foi muito mais sustentável do que todos os outros eventos de grande porte realizados no Brasil.

É notável a evolução do evento de um ano para o outro, muitas ações mais elaboradas que não ficaram limitadas ao espaço físico do evento foram concretizadas além de contar com realização de uma produção inovadora: a Gincana Impacto Zero. Essa gincana teve como objetivo promover o SWU, além de incentivar ações de preservação ambiental através da participação de universitários em um reality show exibido pelo canal Multishow. Esses universitários deveriam elaborar projetos sustentáveis e a melhor ideia ganharia o montante de R$500 mil para seu desenvolvimento. A coordenadora da competição Marcella Silveira afirma em site de notícias que “quando começamos a competição, não esperávamos encontrar tamanho engajamento de jovens com o tema sustentabilidade. Foi uma surpresa positiva, tanto que no próximo ano a gincana Impacto Zero está garantida”. Nessa edição, após quatro meses de “disputa” os vencedores foram estudantes da Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL com um projeto de um aerogerador sustentável, composto por pás de plástico obtidas a partir da reciclagem de garrafas PET.




Como era esperado o evento se comprometeu em divulgar um relatório sócio-ambiental para que os impactos causados por ele fossem avaliados pelos grupos de interesse e pela sociedade como um todo. O relatório sobre o festival de 2010, apesar da demora, foi divulgado e pode ser encontrado no site oficial do evento. Espera-se que o relatório de 2011 chegue rápido até o público e traga informações positivas sobre o balanço ambiental do evento. As grandes atrações musicais que se apresentaram em ambas as edições roubaram, sem sombra de dúvida, a cena, mas já é possível afirmar que o SWU é um grande evento e tem tudo para se “sustentabilizar” cada vez mais com o tempo. Cada passo que vai sendo dado rumo ao consumo consciente vai fazendo com que o festival, o país e o planeta cresçam, finalmente, com sustentabilidade. Começa com você, com seus amigos, sua família e todo mundo que tem vontade de viver em um mundo melhor.




Rodolfo Garcia
Diretoria de Comunicação.