Consocial - por uma sociedade mais justa e democrática

2012 além de ser um ano com importantes eventos e decisões ligadas à sustentabilidade em nosso país, como o Rio+20 que ocorrerá em junho e a decisão da proibição de sacolas plásticas em hipermercados a fim de promover o fim da cultura do descarte e ajudar o meio ambiente, a política também está em foco! Pela primeira vez no Brasil, está ocorrendo a Consocial (Conferencia sobre Transparência e Controle Social) com o tema “A Sociedade no Acompanhamento e Controle da Gestão Pública”.

A 1ª Consocial tem como objetivo promover a transparência pública e estimular a população a participar, acompanhar e poder interferir na gestão pública de nosso país, tendo assim maior voz ativa nas decisões e acontecimentos que nos afetam, podendo então deixar de sermos meros expectadores da política nacional. O foco maior desta conferencia é que o controle social seja mais democrático e efetivo.

A conferência, em si, possui 3 instâncias. Começando pela municipal - cada cidade convoca a sua. A sociedade civil, o poder público e conselhos de políticas públicas propõem leis e metas dentro de quatro eixos temáticos: promoção da transparência pública e acesso a informação e dados públicos; mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública; atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle e diretrizes para a prevenção e combate à corrupção. As 20 propostas mais votadas dentre os quatro eixos seguem então para a segunda etapa, a estadual. De cada município também são eleitos delegados que levarão as propostas à esfera Estadual. O Grupo AGR teve a oportunidade de participar da etapa municipal do Consocial na cidade de Bauru, a qual foi uma grande experiência e agregou muito aos nossos valores.

Na etapa Estadual todas as propostas de leis levadas pelos municípios de cada estado são avaliadas novamente em novo encontro e debate, dentre todas, apenas as melhores são levadas para a etapa Nacional. A Conferência Estadual de São Paulo ainda está para ocorrer, está será entre os dias 30 de março e 1º de abril de 2012, na cidade de São Paulo.

A última fase será a Consocial Nacional em Brasília, realizada entre os dias 18 e 20 de maio de 2012. Caberá à Controladoria-Geral da União (CGU) a promoção da atividade e efetivação das leis.

Segundo o site oficial da Consocial/SP: “Trata-se de um evento histórico e de grande porte, do ponto de vista político e social, uma vez que envolve a mobilização de inúmeras organizações da sociedade civil, Prefeituras, Conselhos de Políticas Públicas, Poder Legislativo, Poder Judiciário, Secretarias do Governo Estadual, além do próprio cidadão interessado em participar. É um evento que gera propostas para o governo e para os municípios do Estado de São Paulo, com os objetivos de aumentar a transparência, o controle e a participação social nas atividades do Estado.”

A ABRACCI (Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade), está realizando sua Conferência Livre de Transparência e Controle Social visando uma cultura de não corrupção no Brasil por meio de estímulos, ações e iniciativas com vistas à uma sociedade mais justa.


E você, já pensou em participar? Se informe e envie suas propostas!



Kely Val
Diretoria de Projetos

SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL


O homem do final do século XX se depara com os efeitos da globalização, a expansão das multinacionais e o acirramento competitivo mercadológico. Quando as empresas passam a investir em tecnologia para melhorar a qualidade dos produtos, diminuir os gastos com mão-de-obra e matéria prima, aumentando a sua produção e, consequentemente seus lucros. Dessa forma, a partir dos anos 80 a sociedade passa a questionar as implicações dessa busca desenfreada por uma posição de destaque no mercado, fazendo surgir um novo conceito: responsabilidade social das empresas.

A RSE envolve a preocupação com o meio ambiente, com os trabalhadores, consumidores, isto é, com a sociedade como um todo. Aliada a essa nossa postura proposta por iniciativa civil, tem-se a idéia de Sustentabilidade.

Em pauta na atualidade, o conceito desse posicionamento sustentável consiste na determinação de atitudes e ações ligadas ao uso dos recursos naturais que atendam as necessidades da população, mas sem comprometer a natureza ou o futuro das próximas gerações. A preocupação com o meio ambiente diz respeito, principalmente, ao uso indiscriminado dos recursos renováveis e não renováveis. Dessa forma, torna-se importante adotar medidas de consumo controlado e inteligente.

Portanto, sendo as empresas grandes usuárias dos recursos naturais, a decisão de estabelecer um conjunto de atitudes sustentáveis é crucial para o respeito e preservação da natureza, das condições do ambiente e da sobrevivência humana.

Nesse cenário de conscientização da população sobre a importância do equilíbrio homem-natureza e percepção do impacto da atuação empresarial nessa relação, as empresas desenvolveram certa preocupação com a sua imagem organizacional frente a consumidores mais exigentes. Além disso, elas perceberam que ao abraçar causas sociais e ambientais, estariam concomitantemente demonstrando RSE e agregando valor a sua organização.
Essa nova conduta das empresas recebeu o nome de Sustentabilidade Empresarial, que hoje pode ser medido através de um índice criado pela BOVESPA: o I.S.E. (Índice de Sustentabilidade Empresarial). Por meio desse indicador é possível analisar quais das empresas que possuem ações na bolsa têm políticas claras de respeito à responsabilidade social de seus empreendimentos, produtos e serviços. É também uma maneira de guiar os investidores que prezam por essas atitudes.


Para adotar o índice, é preciso que a empresa responda um longo questionário com aproximadamente 150 questões, além de ser considerada elegível, isto é, estar no rol das emissoras das 200 ações mais negociadas da Bolsa.


Atualmente, verifica-se que a idéia de ser mais responsável socialmente está presente, principalmente, nas empresas de grande porte, como as multinacionais. Contudo, esse posicionamento pode ser assumido também pelas Micro e Pequenas Empresas, uma vez que este representa um fator de competitividade. É o que sugere o Manual Passo a Passo criado pelo Instituto Ethos e pelo Sebrae exclusivamente para empresas menores.

“A pequena empresa que adota a filosofia e práticas da RSE tende a ter uma gestão mais consciente e maior clareza quanto à própria missão. Consegue um melhor ambiente de trabalho, com maior comprometimento de seus funcionários, relações mais consistentes com seus fornecedores e clientes e melhor imagem na comunidade.Tudo isso contribui para sua permanência e seu crescimento, diminuindo o risco de mortalidade, que costuma ser alto entre os novos negócios. Ao assumirem uma postura comprometida com a Responsabilidade Social Empresarial, micro e pequenos empreendedores tornam-se agentes de uma profunda mudança cultural, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Você pode fazer mais do que imagina para participar deste novo tempo. Basta começar.”


Clara Luise
Diretoria de Comunicação

Bauru x Reciclagem

Não precisa ser nenhum especialista para notar as falhas no sistema de reciclagem de lixo na cidade de Bauru. Basta tentar entrar em contato com qualquer membro da prefeitura e perceber que não há organização nenhuma no que diz respeito ao trato dos recicláveis em nossa cidade, e como já dissemos anteriormente em nosso blog a situação é caótica dada a ínfima quantia de lixo reciclável destinado corretamente por aqui: 5% (cinco por cento).

Para tentar melhorar esse quadro o Grupo AGR iniciou o movimento Recicla Bauru (http://grupoagr.blogspot.com/2011/08/projeto-recicla-bauru.html) que vem ganhando força no município e trazendo cada vez mais parceiros que se interessam pelo tema e anseiam pela melhoria dessa questão que abrange saúde pública e respeito ao meio ambiente. Tendo em vista essa relação pouco harmoniosa entre Bauru e o tratamento dos recicláveis, algumas ideias foram surgindo com o intuito de trazer de outras cidades planos que de fato deram certo e incorporá-los à realidade nossa cidade.

Nesse sentido ocorreu na Unesp o 34º Encontro de Catadores de Recicláveis promovido pela própria faculdade e encabeçado pela Incop – Incubadora de Cooperativas Populares e contou com a presença de várias lideranças regionais que são exemplos de como o tratamento correto do “lixo” pode gerar, inclusive, uma margem de lucro substancial. Compareceram ao evento representantes do MNCR – Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis (http://www.mncr.org.br/) que tem por objetivo a “valorização de nossa categoria de catador que é um trabalhador e tem sua importância.” além de “garantir o protagonismo popular de nossa classe, que é oprimida pelas estruturas do sistema social. Temos por princípio garantir a independência de classe, que dispensa a fala de partidos políticos, governos e empresários em nosso nome.”


O movimento é muito forte não só no Brasil, mas também é referência na América Latina e conta com cerca de 400.000 catadores cooperados, com total autonomia e que acreditam na prática da ação popular. Sua estrutura se desenvolve a partir do centro do país com uma Comissão Nacional que ao se articular se divide em comitês estaduais, regionais até chegar às bases.


Durante a apresentação de seus palestrantes pudemos perceber o quanto Bauru está atrasada em relação a municípios menores no que tange à organização e mentalidade dos governantes que em uníssono fazem com que a situação em nosso município seja vergonhosa perante, por exemplo, uma cidade próxima, São Manuel. Usemos números para facilitar o entendimento:

São Manuel = cerca de 40 mil hab. = recicla 70 toneladas de lixo seco/mês

Bauru = cerca de 400 mil hab. = recicla 40 toneladas de lixo seco/mês

Outro problema que afeta Bauru é a presença massiva de "atravessadores" que agem como pontes e compram o papelão - por exemplo - de catadores autônomos pela quantia de R$0,05 (cinco centavos) o quilo quando, se este [o catador] fosse cooperado venderia o papelão por aproximadamente R$0,20 (vinte centavos) o quilo. Mas há um porém: a Cootramat (Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis) não tem nenhum atraente que chame mais associados, pois está em situação terrível. Na cooperativa a lama é tanta que por vezes impede os caminhões de entrarem além do fato de que o teto do barracão está por cair.




Não se pode dizer que a culpa, apesar de grande, é unicamente do secretariado bauruense. Temos de admitir a falta de conscientização de boa parte da população e é por esse e outros motivos que o Grupo AGR, junto à BATRA – Bauru Transparente luta por uma cidade com maior participação, maior prática cidadã para que alcancemos senão completo, razoável bem-estar.

Rodolfo J. N. Garcia
Diretoria de Comunicação

Mobilize-se - Processo Seletivo Grupo AGR

O Grupo AGR – Ação, Gestão e Responsabilidade – se formou em março de 2009 para realizar o “Projeto RevitalizAção”, para a matéria Técnicas de Relações Públicas. Esta faz parte da grade do terceiro termo de RP. No entanto o grupo escolheu o foco das Relações Públicas Comunitária. Pra quem ainda não ouviu falar neste conceito: o principal foco das Relações Públicas Comunitárias é a cidadania, partindo da mobilização social em busca de responsabilidade. Segundo Waldemar Kunsch, para tanto, é preciso projetos abertos, multidirecionais, participativos e democráticos, mas sem deixar o planejamento formal.

O Projeto RevitalizAção ocorreu no Bosque Presidente Geisel e foi realizado em três finais de semana, durante os quais houve a manutenção do espaço físico do local e realização de atividades ligadas à responsabilidade ambiental, saúde, cultura e lazer para a comunidade.

Hoje, o Grupo AGR é um braço de trabalho da ONG Batra – Bauru Transparente. Formada há quase dois anos, tem como objetivo combater a corrupção através da fiscalização do poder público. Atuando também como Batra Jovem, o AGR continua com trabalhos nas áreas de assessoria de comunicação, pesquisa, entre outros, focando principalmente em causas sociais e ambientais.

Desde sua consolidação o Grupo realizou outros projetos e tem hoje o Projeto Recicla Bauru como principal foco. O objetivo central é contribuir para a melhoria do sistema de reciclagem de Bauru, através do levantamento de dados, mobilização e principalmente conscientização da população e do poder público da necessidade de se criar novas cooperativas e pontos de reciclagem na cidade.

A iniciativa foi estimulada pela Rede Coletiva Ativista, que visa capacitar jovens para incidência política e melhoria da qualidade de vida em diversas cidades. Os idealizadores do coletivo são: Amarribo Júnior, Rede “Sou de Atitude“ e Oficina de Imagens. O grupo AGR participou do coletivo coordenado pela Amarribo Júnior juntamente com grupos de mais 5 cidades do estado de São Paulo.

Desde agosto de 2011 o Grupo conta com 4 novos membros da Unesp e um da USC, todos alunos de Relações Públicas. Para dar continuidade nos projetos realizaremos Workshops de apresentação do nosso trabalho para aqueles que quiserem nos conhecer melhor e tirar dúvidas. Estes serão realizados na Unesp Bauru – dia 6/03 às 17 horas na sala 20; dia 7/03 às 10 horas na sala 55 e às 14 horas na sala 70.


Mobilize-se venha participar do Processo Seletivo do Grupo AGR!
Deixe sua marca em Bauru!





Mayra Gianoni
Diretoria de Projetos