Incentivo à Cultura: Funciona?


Você sabe o que é a Lei Rouanet? Ela foi criada em 1991 durante o governo Collor, com a intenção de incentivar investimentos de empresas privadas em programas culturais brasileiros através da isenção fiscal. Ou seja, o dinheiro que as empresas deixam de pagar ao governo deve ser aplicado em algum projeto cultural aberto à população, como filmes, peças de teatro, exposições e shows musicais. É um programa nacional que foi criado para estimular a produção, a distribuição e o acesso aos produtos culturais. Desde 1992, data de sua promulgação, a produção de filmes nacionais passou de 3 para 99 filmes em 2011, segundo pesquisa da Agência Nacional do Cinema (Ancine).


Apesar de o incentivo ter contribuído para o crescimento da produção cultural, sua acessibilidade ainda deixava muito a desejar já que, além da maioria das realizações culturais serem pagas, as empresas sempre procuravam investir em manifestações que contribuíssem para sua imagem e tivessem grande alcance. Devido a esse interesse por parte das empresas, ocorreu uma concentração regional de investimentos originados de isenção fiscal no eixo Rio – São Paulo, fazendo com que o Sudeste abocanhasse 67% dos recursos em 20 anos de vigência da lei.


Essa desigualdade de distribuição de recursos gerou insatisfação e, para consertar as muitas imperfeições da Lei Rouanet, foi criada a ProCultura (Lei 6722/2012), projeto que substituirá a Rouanet em 2013. Com ela, espera-se descentralizar os investimentos no Sudeste e aplicá-los melhor no resto do país, de forma que a cultura chegue aos públicos mais carentes deste setor e deixe de financiar projetos culturais que geram dúvidas quanto à necessidade de utilização do recurso (como o caso da cantora Marisa Monte, que recebeu permissão para captar quase R$ 5 milhões, cujos shows são sempre cheios).


Não é só questão de distribuir melhor os recursos do incentivo à cultura, já que as empresas escolhem seus patrocinados almejando apenas visibilidade comercial e lucro. Apesar da idéia da lei para estimular projetos culturais englobar qualquer tipo de manifestação ou divulgação da cultura nacional, os beneficiados por esses patrocínios são, em grande maioria, aqueles projetos de caráter comercial e grande probabilidade de lucro. Projetos que não precisariam de ajuda financeira do governo, mas a têm e lucram absurdamente (o dinheiro captado não precisa ser devolvido, independentemente do lucro obtido), como é o caso do filme Tropa de Elite 2, que captou R$ 7 milhões do governo e arrecadou cerca de R$ 100 milhões.
 
Por quantas reformas a lei de incentivo à cultura terá que passar para conscientizar ou obrigar as empresas e patrocinados a aplicarem os benefícios do desconto tributário onde deveriam?







Erica Nonaka
Diretoria de Comunicação

Gerando impactos sociais: um novo conceito de negócios


Uma empresa que transforma lan houses em centros para educação à distância, uma operadora de turismo com o objetivo de conectar culturas diferentes para que pessoas e empresas possam compreender a realidade brasileira, gerando renda e inclusão social de comunidades carentes, um banco que oferece crédito, e não visa o lucro e sim o desenvolvimento social. Essas empresas são exemplos de negócios sociais no Brasil.

Os negócios sociais surgem da percepção do desequilíbrio social e são modelos que buscam desenvolver soluções de mercado que gerem impacto social. Esse impacto deve se dar através do core business da empresa, diferente de uma instituição que possui ações de responsabilidade social, pois a questão social é a parte central da operação do negócio.



Foto: Mamirauá, a primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) implantada no Brasil, um dos destinos da operadora de turismo AOKA. Site AOKA


No artigo Negócios Sociais: um modelo em evolução, Vivianne Naigeborin afirma que os empreendedores da nova geração têm uma forte atuação nessa nova visão e, insatisfeitos com os modelos tradicionais, integram o “fazer bem” e o “ganhar dinheiro”. Também conhecido como setor 2,5 quando considerado um híbrido do segundo e terceiro setor, um negócio social deve gerar as próprias receitas, sem fontes externas de capital, como doações.

Este vídeo da Choice – movimento universitário voltado para os negócios sociais – ilustra como a primeira idéia de empresa social surgiu e explica como funcionam as empresas 2,5.





Saiba mais: Artemísia, Portal Negócios Sociais.com

Empresas citadas: CDI LANAOKABanco Pérola






Matheus Morais
Diretoria de Comunicação

Saúde na Cozinha



Hoje em dia, com a grande quantidade de notícias que chega até nós e que falam sobre temas como saúde, com os programas diários da TV aberta que além de oferecer receitas, dão dicas de dietas comprovadamente saudáveis, é impossível ficar alheio, sentar-se à mesa e não refletir sobre o que comemos.

Como sabemos, o brasileiro, em geral, não dispensa a velha combinação de arroz com feijão, mas por outro lado não pensa em agregar nutrientes diversificados ao prato. “O brasileiro combina a tradicional dupla feijão e arroz com carne e uma seleção de alimentos de alto índice calórico, mas de baixo teor nutritivo. E ainda abusando do sal e do açúcar.” É o que revela a Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, estudo realizado pela primeira vez pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, temos dados que mostram que além da baixa taxa nutricional na alimentação diária, excede-se o limite de ingestão de açúcar que é recomendado pelo Ministério da Saúde – aquele mesmo que nos adverte sobre tantas coisas, mas não aparece na telinha dando dicas de como se alimentar saudavelmente. A refeição da massa (apesar da ambiguidade) é repleta de carboidratos, vide a composição de uma cesta básica:
- Arroz;                                    - Molho de tomate;
- Feijão;                                   - Açúcar;
- Óleo;                                     - Café;
- Biscoito;                                - Farinha;

Tal combinação, consumida pela maioria dos trabalhadores de indústria, ou as conhecidas firmas, oferece bastante resultado muscular e pouco intelectual o que mais uma vez nos leva à reflexão sobre a alimentação do povo brasileiro.


Antes um povo que prezava pela fartura agora se assemelha aos padrões norte-americanos de alimentação. As alterações no perfil alimentar dos brasileiros tem ligação com as transformações econômicas, sociais e demográficas que aconteceram no país nas últimas décadas. Em um Brasil mais urbano e com grandes exigências de cumprimento das jornadas profissionais, as pessoas dispõem de menos tempo para realizar suas refeições. A mesma industrialização que encurtou ou acabou com o horário para o almoço caseiro trouxe uma nova concepção de gêneros alimentícios. “A modernização favoreceu o aumento do comércio de alimentos industrializados. Esses produtos são de fácil acesso e têm seu consumo incentivado pela mídia”, observa a coordenadora da Promoção da Alimentação Saudável, da Coordenação geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Gentil. 

Agora, o que fazer? Porque além do mais, precisamos lembrar de ser sustentáveis na hora de cozinhar. Aí vão as dicas:

- Sempre opte por alimentos orgânicos; além de não passarem pelos processos fabris que geram poluição e todos aqueles males conhecidos pelos nossos sistemas olfativos, os orgânicos passam por menos processos químicos.

-  Compre bem, planeje suas compras: Evite excessos! Prefira os alimentos da época, pois possuem melhor qualidade (maior durabilidade, maior teor nutricional e menor quantidade de agrotóxicos) além de apresentarem preços mais acessíveis;

-  Conserve bem: armazene em locais limpos e em temperaturas adequadas para cada tipo de alimento;

-  Higienize bem: todas as frutas, verduras, legumes, cascas, talos e folhas devem ser lavados em água corrente e higienizados em solução de hipoclorito de sódio (siga as instruções de rotulagem) para eliminar microorganismos, e em seguida devem ser lavados novamente em água filtrada;

-  Prepare bem: não retire as cascas grossas ou utilize-as para outras receitas e prepare apenas a quantidade necessária para as refeições da sua família.

E, no final da culinária, lave a louça lembrando que a água é um bem finito: em 15 minutos, uma pessoa gasta mais de 240 litros de água na lavagem de louças. A dica é fechar a torneira, ensaboar as peças e só então abrir para enxaguá-las. Assim, o consumo cai para 20 litros de água. 

Outra dica para economizar água é diminuir o tempo do banho e fechar a torneira do lavatório ao escovar os dentes. Metais e louças sanitárias que economizam água também são boas opções. Instalar arejadores nas torneiras da cozinha e dos banheiros - um acessório bem baratinho - pode gerar uma economia de até 60%.



Rodolfo Josepette
Diretoria de Comunicação

Voto Nulo



Dizem que a população está acordando, mas será verdade? Com certeza, um grande passo foi dado quando foi sancionada a lei de Ficha Limpa.
A população vem buscando parte do seu direito, e hoje em dia está muito mais fácil aplicar ideias. As redes sociais proporcionaram essa grande evolução, porém sabemos que o foco do problema está em Brasília e nas prefeituras municipais.

Porém, votar nulo adianta? Talvez seja melhor votar nulo do que votar em candidatos que aparentam ter interesse exclusivamente na fama, no dinheiro ou em qualquer outro valor que não agregará em nada para nossa política brasileira. Mas queimar o seu voto também não resolverá o problema de saneamento básico, de falta de água, ou até da violência em seu bairro.



Por isso, ao escolher seu candidato, recomendamos que analise todo seu histórico, o plano de governo, quais suas intenções caso seja eleito e a sua índole antes de entrar para a política. Muitos políticos se beneficiam do breve momento no qual eles têm toda a atenção em sua candidatura para prometer milagres e se mostrarem amigos de todos, e logo que isso passar ele sequer se lembrará do que prometeu, apenas aproveitando as muitas vantagens de ter sido eleito.

Anular seu voto digitando 00000 pode ser apenas uma atitude desesperada, visto que nem o TSE sabe informar se o voto nulo anularia a eleição, porém não podemos pagar por atos impensados no momento do voto.
Vamos mudar nosso pensamento, vamos buscar ser mais cidadãos, só assim conseguiremos atingir quem está no poder. 



Vinícius Ferreira
Diretoria Administrativa